Labirinto
Vazio
labirinto agreste, frio
manto de invisibilidade
protetor de sebes
altas, silenciosas
Aqui a solidão nasceu
reino do pássaro negro
construção milenar
húmida
onde descanso
onde tudo o que
importava, desapareceu
Ruínas inquietas
embelezam a cordilheira
iluminada
banhada pelas primeiras
chuvas da manhã
onde tudo o que
importava, desapareceu
Prisioneiros
cambaleantes
eis o labirinto por
onde avançar
emaranhado de
corredores ancestrais
reino de disfarces e
ilusões
os espaços e os seus
tempos, enfrentaremos,
sem quebrantar
Nasceu
uma árvore majestosa
ficou cativa no exato
lugar deste longo corredor
onde sou teu
Guardião
pássaro negro,
protetor, querido
eis, aqui, o novo lugar
onde me escondo e habito
no centro do labirinto
no topo da árvore mais
alta do reino desconhecido
Subi
ousei enfrentar o
monstro cinzento de dentes afiados
devorador de
prisioneiros
neste reino vazio
Labirinto agreste, húmido,
que animal é este onde
agora repouso
tão frio?
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